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O exame de HIV pode ajudar a salvar vidas

Diferente do que acontecia até a década de 1990, hoje em dia, o exame de HIV com resultado positivo também representa que é possível viver por muitos anos.
O diagnóstico precoce dá a chance de iniciar um tratamento que limite a multiplicação desse vírus enquanto ele ainda está encubado.
Isso faz com que o sistema imunológico permaneça protegido e, consequentemente, seja reduzida a possibilidade de o paciente desenvolver a Aids.
Descubra por que o exame de HIV agora deve ser visto como aliado, não mais o carrasco que destruía qualquer esperança em relação ao futuro.

Soropositivos conseguem evitar que a Aids se desenvolva
O exame de HIV é muito importante porque, caso a pessoa tenha o vírus, ela pode iniciar o tratamento antes de a Aids se manifestar. Isso só é possível com o diagnóstico precoce e hoje em dia os soropositivos conseguem ter a vida tão longa quanto quem não foi infectado.
Já foi o tempo em que descobrir ser portador de HIV era como receber uma sentença de morte. Os modernos medicamentos usados atualmente inibem cada vez mais a multiplicação do vírus no organismo dos pacientes e, dessa forma, protegem o sistema imunológico deles.
Hoje (1.º de dezembro) é comemorado o Dia Mundial de luta contra a Aids e aí está mais um motivo para esclarecer o máximo possível sobre essa doença. Ao contrário do que ainda se imagina, decidir não fazer o exame é a pior das escolhas diante da dúvida. 
Em primeiro lugar porque, no caso de der positivo, a pessoa perde a chance de combater o vírus enquanto ele não se multiplicou muito, nem começou a agredir o sistema imunológico. Quando ele está comprometido, o corpo tem dificuldade para se proteger, inclusive de uma gripe comum.
Quem evita uma possível notícia ruim, se mantém frágil e indefeso. Sem falar da pressão psicológica de conviver todos os dias com a incerteza. Estatísticas médicas revelam que atualmente só morre de Aids quem não sabia que estava doente ou deixa de seguir as orientações médicas.
Mais um motivo para realizar o exame está em evitar que o vírus seja transmitido a outras pessoas. Quem é soropositivo pode ficar anos sem sentir nada diferente. Nesse sentido, é igual a quem contraiu coronavírus e permanece assintomático.
Veja as estatísticas sobre a evolução da Aids no mundo e saiba que, com diagnóstico precoce, é possível ter vida longa e com poucas restrições.

Teste de HIV é essencial para garantir qualidade de vida
Infelizmente, o número de pessoas contraindo HIV tem crescido no Brasil. É o que revela a Unaids, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) especializada nessa pandemia; o estudo diz respeito à década passada e aqui você vê mais informações.
O vírus pode ficar incubado, por exemplo, durante dez anos, sem causar nenhum mal ao sistema de defesa do organismo. O indivíduo leva uma vida normal. Ele está saudável e é soropositivo. Mesmo assim, se fizer o tratamento, pode nunca vir a desenvolver a Aids.
Aí está a grande importância de fazer o teste de HIV. Além disso, consciente de sua condição de saúde, o paciente pode deixar de ser transmissor. Existem dois exames a serem feitos: o HIV-1 e o HIV-2, pois há dois vírus circulando por aí, com composição genética diferente.
A carga viral do HIV-2 é mais baixa e, por isso, menos transmissível. Tal característica atrasa ainda mais o surgimento dos sintomas da Aids, que nesse caso podem levar até 30 anos para aparecer. O HIV-2 é mais comum na região da África Ocidental.
Já o HIV-1 está presente em todo o mundo, se multiplica com mais rapidez e seus sintomas surgem em um prazo médio de 10 anos.
Como ambos os vírus são diferentes, certamente, a combinação de medicamentos para combater cada um deles também é distinta. Esse é outro bom motivo para realizar o exame de HIV. 
O melhor caminho é a prevenção. Porém, quem contraiu o vírus, tem condições de manter a qualidade de vida ao se adaptar à nova realidade. Isso já é bem diferente do que ocorria até a década de 1990. O pesadelo do exame soropositivo ficou para trás.

A quantidade de mortes de soropositivos está em queda
A epidemia de HIV ainda existe e de 1980 até dezembro 2019, foram identificados 966.058 casos de Aids no Brasil. Todo ano surgem em média 39 mil casos. Esses dados são do Boletim Epidemiológico, cuja edição mais recente foi publicada em dezembro de 2019 pelo Ministério da Saúde.
O governo estima que por volta de 135 mil pessoas tenham HIV e ainda não saibam disso. De 2014 a 2018, houve redução no número de mortes causadas por complicações da Aids. Por volta de 2,5 mil pessoas fizeram o teste e sobreviveram, devido ao diagnóstico precoce, que permite ao soropositivo iniciar o tratamento antes de a Aids se manifestar.
O primeiro passo para acelerar a redução de óbitos é incentivar ao máximo às pessoas a fazerem o exame de HIV. Trata-se de uma questão de consciência do quanto ele é importante para o tratamento. Afinal, só pode se cuidar quem sabe o que tem.
É verdade que esse vírus não tem cura, mas nunca é demais repetir que é possível fazer com que a Aids não se manifeste e tal conquista é primordial para a continuidade da vida.
Milhões de pessoas são portadoras de diabetes, que também não tem cura e leva à morte caso o paciente deixe de seguir com disciplina o tratamento médico. 
O coronavírus é contagioso, transmitido pelo ar e também no contato físico. Mesmo assim, as pessoas continuam dando as mãos, se beijando e se abraçando quando se encontram.
Sendo assim, é possível dizer que as pessoas deixam de fazer o exame de HIV porque também querem evitar o preconceito em relação a quem é soropositivo. 
Tal paciente não deve ser isolado do convívio social. Ele precisa, sim, de apoio médico e psicológico para fazer seu tratamento da melhor forma possível.
 

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